quarta-feira, 4 de julho de 2012

A MONTANHA



— Sabe aquela montanha, o cume dela?
— Sim, estou vendo. Linda. Poética, até.
— Ela é minha. Toda minha.
— Mas como você sabe que é sua? Como Pode afirmar isso? Já foi lá? Espetou nela sua bandeira? Deixou sua marca?
— Eu não preciso. Ela me diz que é minha. Mais, eu sinto isso. Quando se ama com intensidade, não há necessidade de se fincar estacas, colocar bandeiras. E quando isso eventualmente acontecer ,será apenas mais um rito de passagem.

Cezar F. croniquetas do absurdo cotidiano.

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