Então, aquele homem experiente e sedutor se viu subitamente apaixonado por um sorriso. Um sorriso! Justo ele que, visceral, sensual e de extremos... jamais havia sido menos que carnal em suas paixões. Um sorriso. Não, deixe-me refrasear: O sorriso. Não apenas um sorriso. O rosto angelical e puro, mas não especialmente belo ou diferente de tantos que já admirara. Mas o sorriso.... ah, o sorriso. Ele transmitia paz. Mais: emitia amor. Candura. Intensidade. Entrega. Como se sugasse do mundo tudo o mais que existisse. Isso! Não havia mais vida ou importância fora daquele sorriso. Inebriante, avassalador, o sorriso foi extaindo do homem, seu recipiente, toda sua aridez, toda sua desconfiança para com a humanidade. Tornou-o de fato, humano, o que ainda não era. Isso tudo numa fração de minuto. Numa contradança. Num lugar qualquer numa cidade qualquer, num tempo indefinido. Que, aliás, tornou tudo nebuloso e sem sentido. Anulou o passado e desfez o futuro sem a imponente existência do sorriso. Transportou-o a outros mundos, a outros tempos a outros “Eus”. O fez compreender então, o encanto da pureza, coisa que jamais experimentara. Marcou-o e viciou-o. O sorriso. E ela nem era tão bela assim...
Crônica bestinha inspirada no clipe “Do you love me?” postada abaixo.....não sei o nome da moça, mas certamente ela terá inspirado muitos homens experientes. Eu? Não... sou apenas um escriba apaixonado pela arte de sentir....e nem tão experiente assim tampouco. 14/06/2012
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